segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Análise de fontes

Documentos escritos

Contextualização:

- Quem escreveu?
- Quando foi escrito?
- Onde foi escrito?
- A quem se destinava?

Objetivo:

- É possível determinar a qual grupo socioeconômico e/ou político o autor pertence?
- A quais pessoas ou grupos sociais e/ou políticos o documento se refere?

Descrição:

- Qual é o assunto central?
- Quais frases ou palavras sintetizam sua intenção?

Imagens

Iconografia

- Quais são os elementos que compõe a obra que são possíveis de identificar (coisas, pessoas, animais, construções, etc)?
- Quais são os sentimentos que cada elemento que compõe a obra parecem expressar?
- Qual estória a combinação dos elementos parece contar?
- Quais os papéis que cada personagem presente na obra representa?
- Quais elementos da obra identificam ela como sendo de determinado lugar e cultura?
- Qual elemento que se for retirado da obra modifica a interpretação sobre ela?

CURIOSIDADES DA MONA LISA, LEONARDO DA VINCI

A pintura Mona Lisa, que deve ser a mais facilmente reconhecida no mundo, mantida na Salle des Etats (Sala dos Estados), na Ala Denon do Louvre, até 2003, quando foi movida para uma sala que melhor acomoda grandes as multidões que desejam vê-la.

É relatado que Leonardo da Vinci levou dez anos apenas para pintar seus lábios. É o único de seus retratos indiscutivelmente atribuído a ele, embora não tenha sido assinado nem datado. Ela também tem mais de um nome. Os franceses chamam-na de La Jaconde e os italianos de La Gioconda, que significa “mulher de coração iluminado”. Pode ter sido a imagem favorita de Leonardo da Vinci, o que teria sido a razão pela qual ele a levava consigo o tempo todo. Outra razão poderia ser, no entanto, o fato de estar inacabada.

O quadro foi pintado em óleo sobre madeira de álamo e comprado originalmente pelo rei da França por 4 mil ducados. Ela foi transferida para o Louvre depois da Revolução Francesa. Napoleão pegou-a e usou-a para decorar seu quarto até ser expulso da França, quando a pintura retornou ao Louvre. Originalmente, ela era muito maior. Os dois painéis que possuía mostravam dois pilares que revelavam que Mona Lisa estava sentada em um terraço.

Existem vários candidatos para a identidade da Mona Lisa. Alguns argumentam de que seja o próprio Leonardo da Vinci vestido de mulher poderia até mesmo ser verdadeira. Testes gráficos de computador revelaram que existe uma forte ligação entre as características da Mona Lisa e aquelas do autorretrato de Leonardo. Entretanto, acredita-se fortemente que a pintura tenha sido encomendada como um retrato de Madonna Lisa di Antonio Maria Gherardini, a esposa de Francesco di Bartolomeo del Giocondo.

O estilo do sorriso em si foi empregado naquela época por Leonardo e outros artistas, incluindo o mestre de quem ele foi aprendiz, Andrea del Verrocchio.

Uma coisa que separa a Mona Lisa de outros retratos da época é o fato dela não usar joias. Leonardo também quebrou as convenções da época mostrando-a muito relaxada para uma pose tradicionalmente cerimoniosa e formal.

A pintura foi roubada do Louvre em 1911. O ladrão era um italiano, que a levou para a Itália. As autoridades levaram vinte e quatro horas para perceber o roubo e assumiram que havia sido removida pelo fotógrafo oficial do museu. A busca no Louvre levou uma semana e tudo o que foi encontrado foi a moldura em uma escadaria. Dois anos depois, o ladrão, Vincenzo Perugia, ofereceu a pintura à Galeria Uffizi por $100.000,00, onde foi exibida antes de retornar a Paris.

Para roubar a pintura, Perugia espero em uma pequena sala o Louvre até que o museu fosse fechado e então se dirigiu para a sala onde a Mona Lisa era exibida. Ele removeu o quadro da parede e retirou a moldura. Para fugir do museu, ele teve que desaparafusar uma porta que supostamente estava trancada. Perugia havia sido funcionário do Louvre, contratado para colocar as pinturas sob vidro; portanto, tinha um bom conhecimento do museu.

Em 1956, um vistante com problemas mentais jogou ácido na pintura, e vários anos foram necessários para restaurá-la. A última vez em que a obra deixou o museu foi em 1974, quando foi exibida no Japão. Como prova de gratidão, os japoneses presentearam o Louvre com um grosso vidro triplo, que hoje protege a pintura em sua caixa à prova de balas.

Ela é mantida sob uma temperatura constante de 20ºC, a um nível de umidade de 55%. Possui um ar condicionado embutido e aproximadamente 4 quilos e gel de sílica, um agente de secagem que absorve rapidamente a umidade do ar, garantindo que não haja mudanças nas condições de temperatura que a conservam. A caixa é aberta uma vez por ano para verificação da pintura e manutenção do serviço do sistema de ar condicionado.



MONA LISA, LEONARDO DA VINCI

A Mona Lisa de Leonardo da Vinci é provavelmente a pintura mais famosa do mundo. Está no Museu do Louvre, em Paris, protegida por um grosso vidro à prova de balas.

O quadro é surpreendentemente pequeno; contudo, há quase quinhentos anos a Mona Lisa, vem inspirando poemas, canções, pinturas, esculturas, romances, mitos, boato, releituras, falsificações e roubos, e hoje em dia seu rosto aparece em incontáveis anúncios comerciais no mundo inteiro.

Quando foi exibida pela primeira vez, considerou-se que ela trouxe uma nova dimensão de realismo e veracidade à arte da pintura. Como disse o artista e biógrafo Giorgio Vasari, “… sua boca, unida à coloração de carne do rosto pelo vermelho dos lábios, parecia a de um ser vivo e não de uma pintura.. Olhando para a garganta, se pode jurar que o sangue ali pulsava…”.

A paisagem rochosa é um elemento muito apreciado pelo artista, que a utilizou com frequência  – em especial em outra obra-prima, A Virgem dos Rochedos (1483-85). Ele tinha especial fascínio pelo movimento das águas.

Olhe com atenção e você verá que há duas paisagens ao fundo. O horizonte na paisagem da direita é mais alto, visto de cima; não há como este cenário conectar-se com o da esquerda, que oferece um ponto de vista mais baixo. O lugar onde as duas paisagens teriam de unir-se está oculto atrás da cabeça de Mona Lisa.

Os cachos do cabelo caindo levemente sobre o ombro direito da Mona Lisa se fundem com as rochas, assim como as dobras diáfanas do xale no ombro esquerdo continuam na linha de um distante aqueduto. O contorno esfumaçado que se mescla com o misterioso fundo dá ambiguidade ao clima e cria a ilusão de movimento, que dá a esse quadro uma estranha sensação de vida.

Em ambos os lados, na altura do cotovelo esquerdo da Mona Lisa, há figuras estranhas sem nenhum objetivo aparente. Contudo, elas mostram que a pintura originalmente era ladeada por colunas dos dois lados, para reforçar a ilusão de que a Mona Lisa está sentada num balcão. O painel original foi cortado de ambos os lados e as colunas retiradas.

Rafael Sanzio, pintor renascentista italiano, teria feito um desenho depois de ver a obra de Leonardo, reforçando a teoria de que originalmente havia colunas de ambos os lados do quadro.

Por que não há sobrancelhas? A explicação mais provável é que Leonardo colocou as sobrancelhas como um toque final na tinta seca do rosto, mas a primeira vez que o quadro foi limpo (talvez no século 17) o restaurador usou um solvente impróprio e as sobrancelhas se dissolveram para sempre.

O próprio Leonardo descreveu o olho como “a janela do corpo humano, através da qual ele espelha o seu caminho e traz para o nosso desfrute a beleza do mundo, pela qual a alma se concentra em ficar na sua prisão humana”. Será que os olhos da Mona Lisa expressam uma sabedoria sobrenatural?

Qual é o segredo do sorriso da Mona Lisa? Nunca saberemos ao certo, mas as duas paisagens têm algo a ver com isso. A paisagem da esquerda atrai o olho esquerdo para baixo, enquanto que a paisagem da direita atrai o olho direto para cima. Este jogo visual de atrações opostas se encontra no centro da Mona Lisa e faz com que o olho “veja” um ligeiro tremor nos cantos da boca. É esse tremor que dá a impressão de que ela está prestes a irromper num sorriso mais aberto.

A pose relaxada e informal de Mona Lisa foi uma das inovações introduzidas por este retrato. Em comparação, todos os retratos anteriores parecem rígidos e artificiais.

As mangas foram pintadas num estilo nítido e bem definido, com contornos relativamente fortes, coerente com o estilo dos trabalhos anteriores de Leonardo. Contudo, o pano sobre o ombro de  Mona Lisa foi pintado num estilo muito mais suave, semelhante ao das obras posteriores do artista. Isso sugere que Leonardo trabalhou neste quadro por um considerável período de tempo; é possível que só tenha concluído em 1510.

Note o belíssimo formato das mãos – um dos muitos triunfos deste quadro. As mãos estão inteiramente relaxadas, acentuando assim a suave majestade da figura representada.

A mulher retratada sempre foi chamada de Mona Lisa, isto é, Madonna Lisa di Antonio Maria Gherardini, esposa do rico cidadão florentino Francesco del Gioconda, que em 1503 encomendou a Leonardo um retrato de sua jovem esposa. O quadro também é chamado La Gioconda. Não se sabe ao certo, porém, se o inquieto Leonardo chegou a terminar a encomenda. É provável que a pintura tenha começado como um retrato da esposa do nobre, mas acabou se tornando algo muito maior – a imagem da ideia que Leonardo fazia da beleza perfeita.



A Mona Lisa: sua história e seus mistérios

A Gioconda ou a Mona Lisa é um dos retratos mais emblemáticos da história da pintura. Pintada por Leonardo da Vinci no século XVI, entrou nas coleções da corte francesa para depois fazer parte das obras expostas no Museu do Louvre. Antes de visitar o Louvre e poder contemplar as obras, saiba mais sobre essa famosa pintura que é tão aclamada.

UM QUADRO NAS MALAS DE LEONARDO DA VINCI
É comum falar da Mona Lisa como uma obra que Leonardo da Vinci, convidado pelo rei Francisco Primeiro, teria levado com ele para a França. A história menciona que um retrato feminino estava com o artista e cientista italiano enquanto se hospedou no castelo de Clos Lucé (também chamado de manoir do Cloux) ao lado de Amboise (castelo do Loire)..

A Mona Lisa fez, portanto, parte das coleções reais para ser exposta no castelo de Versalhes durante o reinado de Luís XIV. Ela chegou ao Louvre apenas em 1797.

UMA ESTÉTICA QUE FAZ REFERÊNCIA
A técnica de composição da Mona Lisa faz dela uma das obras mais estudadas na história da arte e pelos artistas aprendizes. É apreciada pelo seu enquadramento muito moderno como um retrato que poderíamos fazer hoje em dia. Mais sutilmente, efeitos de ótica são criados pelo posicionamento dos olhos da jovem mulher e seu sorriso discreto. Alguns dizem que temos a impressão de sermos constantemente observados pela Mona Lisa, qualquer que seja a posição de onde se olha. Esta brincadeira demonstra os conhecimentos científicos e anatômicos de Leonardo da Vinci. Quanto ao famoso sorriso da Mona Lisa, as testemunhas contam que um grupo de músicos tocava durante as horas de trabalho do pintor para que ela mantivesse esse ar feliz.

O fundo é também um caso a se estudar. A técnica do sfumato é utilizada para criar uma perspectiva que se funde de maneira suave.

A CONSTRUÇÃO DA LENDA DA MONA LISA
São sem dúvida os seus mistérios que permitiram à Mona Lisa adquirir tal fama. Mas é realmente Lisa que é ali representada? Diz-se que quem encomendou o quadro de Leonardo da Vinci era um nobre instalado em Florença. Duas vezes viúvo, Francesco del Giocondo casou em 1495 com uma jovem mulher de nome Lisa. Foi esta história que deu o nome a este pequeno quadro de uma dimensão de 77x53 cm. No entanto, uma outra teoria diz que a jovem mulher representada é ninguém menos que a favorita de Giuliano di Medici, líder da República Florentina. Até agora o mistério está sem solução.

A Mona Lisa ficou popular junto ao grande público quando se deu grande publicidade ao seu roubo, em 1911. A imprensa se aproveitou do acontecimento: perguntado-nos quem poderia ter roubado a Mona Lisa, por que ela e sobretudo como? O quadro foi reencontrado, o culpado era um Italiano muito chauvinista de nome Vincenzo Peruggia. O seu ato tinha como intenção devolver a obra ao seu país natal.

A MONA LISA NA CULTURA POPULAR
Em 1919, Marcel Duchamp não hesitou em fazer uma releitura do retrato de Mona Lisa para criar sua própria versão. Escrevendo “LHOOQ” isto é, “look” em inglês, com as letras lidas uma a uma em francês criando uma brincadeira licenciosa. Em 2003, a novela de Dan Brown vendeu mais de 80 milhões de exemplares, dando uma nova dimensão à Mona Lisa. Ela é o centro de um dos mistérios enunciados no Código Da Vinci, o polar esotérico de sucesso internacional.

A Mona Lisa não para de nos surpreender. O seu mistério atrai o público, até tornar-se quase um ícone do Museu do Louvre. Para vê-la, é preciso ir ao de departamento de pinturas, edifício Denon, sala 6.