sábado, 31 de março de 2018

Vistos desatualizados

Bom dia, galera!

Passo só pra informar que os vistos ainda encontram-se desatualizados. Atualizarei todos até a próxima quarta-feira (04/04/18). Qualquer dúvida pode me enviar email (claudio.brandao@ifmg.edu.br) ou whatszap 31 9 9783-0393.

Abraços!

Cláudio.

terça-feira, 27 de março de 2018

Imperativo categórico - Kant

Imperativo categórico é um dos principais conceitos da filosofia de Immanuel Kant. A ética, segundo a visão de Kant, tem como conceito esse sistema. Para o filósofo alemão, imperativo categórico é o dever de toda pessoa agir conforme princípios os quais considera que seriam benéficos caso fossem seguidos por todos os seres humanos: se é desejado que um princípio seja uma lei da natureza humana, deve-se colocá-lo à prova, realizando-o para consigo mesmo antes de impor tal princípio aos outros. Em suas obras, Kant afirma que é necessário tomar decisões como um ato moral, ou seja, sem agredir ou afetar outras pessoas.
O imperativo categórico é enunciado com três diferentes fórmulas (e suas variantes). São elas:
  1. Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza."
  2. Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio."
  3. Legislador Universal (ou da Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins."
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperativo_categ%C3%B3rico

Imperativo categórico

Fórmula da lei universal

Uma das fórmulas do imperativo categórico, conhecida por fórmula da lei universal, é a seguinte:
  • Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.
O que quer isto dizer? A ideia é que só devemos agir segundo máximas que possamos querer universalizar. Se não podemos querer que todos ajam segundo uma certa máxima, então ela não é universalizável e, por isso, devemos rejeitá-la. O imperativo categórico é, sem dúvida, um princípio muito abstrato. Para o clarificar, vejamos como funciona considerando dois exemplos apresentados por Kant.

Imaginemos uma pessoa que está com problemas financeiros e que decide pedir dinheiro emprestado. Ela sabe que não vai poder pagar, mas sabe também que, se não prometer pagar num certo prazo, não lhe emprestarão o dinheiro. Ainda assim, faz a promessa e recebe o dinheiro. Ela agiu segundo a máxima “Faz promessas com a intenção de cumprir”. Será esta máxima universalizável? Kant diz que não. Se todos fizessem promessas com a intenção de as não cumprirem, a própria prática de fazer promessas desapareceria, pois esta baseia-se na confiança entre as pessoas. É pura e simplesmente impossível todos fazerem promessas com a intenção de não cumprir. Por isso, não podemos querer que todos ajam segundo essa máxima – ela deve ser rejeitada.

Este exemplo mostra claramente que o imperativo categórico serve para testar máximas.

Uma máxima como “Faz promessas com a intenção de não cumprir” não passa no teste, pois não podemos querer que ela se torne lei universal. E, pensa Kant, sendo assim devemos manter sempre as promessas que fazemos.
Imaginemos agora uma pessoa rica que, embora possa fazer muito pelos outros sem se sacrificar consideravelmente, só se preocupa com o seu próprio bem-estar. Em toda a sua vida segue a máxima “Se recuse sempre a ajudar os outros”. Será esta máxima universalizável? Aqui a situação é um pouco diferente da anterior, pois Kant admite que seria possível todos agirem segundo essa máxima. Ainda assim, a verdade é que todos nós, ao longo de vida, precisamos que os outros nos ajudem, nem que seja ocasionalmente. Por isso, não queremos viver num mundo em que ninguém nos ajude quando precisamos. Logo, não podemos querer que todos se recusem sempre a ajudar os outros. A máxima “Se recuse sempre a ajudar os outros” não é universalizável, o que significa que é errado viver sem nos preocuparmos minimamente com o bem-estar dos outros – temos o dever de ajudar.

A fórmula do fim em si

Outra das fórmulas do imperativo categórico, conhecida por fórmula do fim em si, é a seguinte:
  • Age de tal maneira que uses a tua humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.
Kant afirma que é sempre errado instrumentalizar as pessoas, ou seja, usá-las como simples meios para atingir os nossos fins. As pessoas são agentes racionais, são seres dotados de autonomia, capazes de escolher livremente os seus objetivos. Para respeitar as pessoas, devemos tratá-las sempre como seres autônomos (como fins em si), e não como meros instrumentos que estejam ao serviço dos nossos planos.

Por exemplo, apontar uma pistola a uma pessoa para a roubar é tratá-la como um mero meio para obter dinheiro: é violar a sua autonomia, obrigá-la a fazer o que ela não quer. Em contraste, pedir ajuda a uma pessoa e respeitar a sua recusa de nos ajudar não viola a sua autonomia: neste caso, tratamo-la como um meio de nos ajudar, mas simultaneamente como um fim porque respeitamos a sua vontade.

Note-se que, segundo a fórmula do fim em si, não é errado tratar as pessoas como meios – é errado tratá-las como simples meios. Por exemplo, quando vamos um restaurante estamos tratando o cozinheiro como um meio para obter uma refeição, mas isso nada tem de errado. Desde que ele esteja trabalhando porque é essa sua vontade, o cozinheiro consentirá razoavelmente ser tratado dessa forma. Se beneficiar do seu trabalho não desrespeita a sua autonomia. Reduzir uma pessoa à condição de escravo, pelo contrário, é tratá-la como um simples meio, e isso é o que a fórmula do fim em si nos proíbe de fazer.

Texto retirado do livro A arte de Pensar Filosofia 10° Ano, de Desiderio Murcho et. al.

Fonte: https://filosofianaescola.com/filosofia-moral/imperativo-categorico/

Atividade filosofia: 2º ano

Obras de Nietzche
  1. Humano, demasiado humano
  2. A Gaia Ciência
  3. Assim falou Zaratustra
  4. Além do bem e do mal
  5. Genealogia da moral
  6. O crepusculo dos Ídolos
  7. O Anticristo
  8. Ecce homo
Analisar um trecho da obra e utilizar uma imagem para explicar o pensamento do filósofo.

Atividade Filosofia: 1º ano

Pesquisar sobre:

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Porque Sofremos? - Viviane Mosé

Por que ler Nietzsche?

http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/826351-professor-explica-por-que-ler-nietzsche.shtml

Pequena enciclopédia SUPER de filosofia

Há 3 mil anos a humanidade tenta descobrir sua missão no mundo. O problema é que ela criou um monte de palavras difíceis para tanto. Entenda-as de uma vez.


Cartesianismo

Duvidar de tudo, negar tudo que não resiste à dúvida, como queria o francês René Descartes , o principal dos filósofos modernos. No livro Meditações Metafísicas, de 1641, Descartes propôs que todo conhecimento começasse de volta, do zero, recusando todos os “argumentos de autoridade”, aquilo que o homem acreditava por tradição ou por imposição de alguma autoridade ou religião. Para perceber o impacto da idéia, basta saber que, depois de Descartes, o mundo passou a viver séculos de revoluções em várias áreas, botando abaixo tudo o que não resistia à dúvida, seja a idéia de que a Terra é o centro do Universo, seja a de que os reis são pessoas superiores. Para o historiador francês Alexis de Tocqueville, a Revolução Francesa, por exemplo, foi “feita por cartesianos que saíram das escolas e desceram à rua”. Se você usa uma camiseta com o Che Guevara, mude já a estampa: revolucionário mesmo foi Descartes e sua idéia de duvidar de tudo.

Cinismo

Doutrina de filosofia grega que considerava a honestidade o único requisito para a felicidade. Único, mas único mesmo: os cínicos eram filósofos-mendigões, ascetas radicais que não estavam nem aí para roupa, dinheiro, família, costumes, tradição e higiene. Viviam conforme a natureza, como cachorros vira-latas, e não apenas aceitaram o rótulo como tomavam o bicho como símbolo de sua idéia de virtude, daí o nome (do grego cyon, “cachorro”). Diógenes (412-323 a.C.), o maior dos cínicos, era realmente um morador de rua e teve várias histórias famosas: quando perguntaram a ele como resistir aos desejos da carne, ele se masturbou em público e disse: “Se ao menos eu pudesse matar minha fome esfregando a barriga…” Quando Alexandre, o Grande, perguntou a Diógenes se podia lhe fazer algum favor, o cínico respondeu: “Sim, saia da frente do meu sol”. A fama dura até hoje.

Conservadorismo

Vá ao verbete “modernidade”. Foi? O contrário de ser moderno é ser conservador. Não se trata tanto de uma posição política, mas de outro jeito de olhar o ser humano. Se os modernos achavam que o homem pode ser melhorado se a sociedade mudar, os conservadores preferiam pensar como na Idade Média: que o homem é naturalmente mau, e a sociedade (a polícia, a hierarquia, a religião) serve para civilizá-lo, contê-lo.
É por isso que, para os conservadores, uma mudança lenta e gradual é sempre preferível à revolução, que, para eles, deixam à solta a tendência destrutiva do homem. “É impossível estimar a perda que resulta da supressão dos antigos costumes e regras da vida”, escreveu no século 18 o inglês Edmund Burke. Os conservadores são o grupo mais fora de moda nos últimos séculos, mas, a favor deles, está o fato de que, como previram, da Revolução Francesa até as revoluções do século 20, não foram poucas as que acabaram em tragédia, opressão e assassinatos em massa.
 (PHILIP TOLEDANO/Superinteressante)

Deus

Platonismo com rosto (vide Platonismo).

Dialética

Diálogo. É a arte de debater, argumentar e contra-argumentar. Sócrates foi o homem que estabeleceu o costume do diálogo nas rodas de intelectuais da Grécia. Por isso, muita gente o chama de pai da filosofia. Antes de Sócrates, valia mais a retórica, a arte do bem falar, do que os argumentos em si. Séculos depois, no século 18, “dialética” passou a significar uma dinâmica em que as coisas se sobrepõem, uma substituindo outra. Como quando as crianças, em círculo, colocam em seqüência as mãos, uma acima da outra.

Ética

Definir o que é certo e o que é errado. Simples, não? O problema é que a idéia de certo e errado muda sempre, dependendo de como enxergamos o mundo. Por exemplo: os gregos achavam que o homem deveria se integrar à harmonia do Cosmos. Por isso, usavam a natureza para saber o que era certo ou errado. Se, na natureza, havia hierarquia entre animais mais fortes que outros, então era muito bem aceitável que, entre os homens, houvesse escravidão. Já na Idade Moderna, quando o homem se considera superior à natureza, a escravidão torna-se, aos poucos, uma idéia absurda.

Epicurismo

Para Epicuro (340-270 a.C.), o ideal do bem é viver sem medo e sem dor, aproveitando o dia de hoje. “Quem menos sente a necessidade do amanhã mais alegremente se prepara para o amanhã”, diz Epicuro. Parece culto ao prazer, mas ele dizia também que, para viver bem, o jeito é se abster de grandes prazeres, evitando assim a frustração quando eles não puderem ser obtidos. Essas palavras fizeram muito sucesso na Roma antiga, quando o prazer falava acima de quase tudo.

Estoicismo

Diferentemente do epicurista, o estóico acredita que o mundo é governado por uma lógica divina, ou seja, Deus está no mundo e sua manifestação é a ordem das coisas. Assim sendo, o negócio é estar do lado da natureza, mesmo que isso possa implicar desconforto mental ou físico. O estoicismo prega que somente pelo desapego, ignorando dor e prazer, é que se descobre a verdade.
 (PHILIP TOLEDANO/Superinteressante)

Hermenêutica

Interpretação de texto. É a parte da filosofia que pensa no que o autor realmente quis dizer com um discurso, um filme ou um evangelho escrito 2 mil anos atrás. Por exemplo: na Bíblia, o fato de os judeus serem os traidores de Jesus é encarado como uma estratégia para os evangelhos caírem no gosto dos romanos, que, na época, perseguiam os judeus.

Humanismo

Fenômeno que começou no século 16 e colocou o ser humano no centro do Universo. Se você já leu várias vezes essa explicação sem entender muito bem, tente pensar numa época antes do humanismo: a Idade Média. A vida humana então não tinha tanto valor quanto hoje: os filhos só eram batizados se persistissem em sobreviver, já que a maioria morria nos primeiros anos. A idéia de infância não existia – as crianças vestiam roupas de adultos e, nas obras de arte, eram representadas como adultos pequenos. Como os pintores trabalhavam por devoção a Deus, e não por um reconhecimento pessoal, muitas pinturas não eram assinadas.
E a idéia de que Deus decidia tudo era tão forte que ninguém imaginava que poderia melhorar de vida, progredir por esforço próprio. Se você nascesse um camponês pobre, encararia isso como uma decisão divina, sem imaginar que poderia agir para ser diferente. Com o humanismo, o ser humano aos poucos virou o centro das atenções – pinturas (assinadas) do rosto de pessoas ficaram cada vez mais comuns, assim como o estudo do corpo humano e suas medidas (lembra-se daquele desenho do Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci?).
A idéia é de que quem determina o que é certo ou errado não é Deus nem as tradições, mas as pessoas e sua capacidade individual de pensar. Um exemplo é Maquiavel (1469-1527), autor de O Príncipe. Ele rejeitou a moral bíblica para que seu príncipe conquistasse um bem permanente pelas vias do mal passageiro – o famoso “os fins justificam os meios”. Também surge com o humanismo a idéia de que o ser humano pode trazer o céu à terra. Foi nessa época que o termo “utopia” foi inventado, pelo inglês Thomas Moore (1478-1535) – o livro Utopia descreve uma ilha em que tudo seria perfeito.

Imanência

Repare neste fragmento de Tales de Mileto: “Todas as coisas estão cheias de deuses”. Imanência é isso: a idéia de que Deus ou algum princípio divino, ou qualquer ideal, está aqui, entre nós, presente no mundo, nas leis da física, nas pessoas, nos seres vivos e talvez em todas as coisas. Por isso, para os gregos da época de Tales, era preciso abrir os olhos para o mundo, ou seja, apreciar a ordem natural das coisas, a harmonia da natureza. Não é à toa que a palavra teoria vem do grego to theion, ou “eu vejo o divino”. E que os filósofos dessa época, como Tales, se dedicaram a estudar os princípios da natureza, como na geometria.

Iluminismo

Nos séculos 16 e 17, as pessoas se sentiam perdidas no escuro. As descobertas científicas de Newton, Kepler e Galileu derrubaram a idéia de que o mundo era uma coisa pronta e ordenada por Deus. Começamos a olhar o Universo como um lugar sem ordem, em que forças da física a todo momento se debatem. Então, o que fazer? Iluminar-se, criar uma ordem para o mundo. É o que propõem os filósofos da época, principalmente Emmanuel Kant , com o livro Crítica da Razão Pura. Por meio da ciência, da razão, o ser humano passou a tentar a explicar o mundo e catalogá-lo – vêm daí os primeiros museus e disciplinas científicas.

Modernidade

Pegue os verbetes humanismo, cartesiano e iluminismo e misture-os bem. Modernidade são os últimos 5 séculos, época em que o ser humano começou a se achar o centro do mundo, passou a usar a razão para conhecer o mundo e a acreditar que a mudança, o progresso, conduz a uma coisa melhor que o passado. O espírito da modernidade é a idéia de que a ciência – todas as ciências, da psicologia à arquitetura – pode melhorar a sociedade e até mexer com a alma humana, melhorando o próprio homem.
 (PHILIP TOLEDANO/Superinteressante)

Materialismo

Lembra-se do Kléber Ban-Ban, aquele do Big Brother que dizia “faz parte” a toda hora? Materialismo é acreditar que o sonho acabou e, como faz o ex-BBB, dar de ombros aos problemas da vida. Literalmente, é acreditar na matéria, amar o mundo tal como ele é. O materialista não tem utopias, tenta esperar pouco da vida. “Esperar é desejar sem fruir, sem saber e sem poder”, afirma o filósofo André Comte-Sponville, a voz do materialismo no século 20. O problema do materialismo contemporâneo é: como amar a realidade em momentos como o genocídio de Ruanda sem dizer “faz parte” ou recorrer a utopias?

Metafísica

O nome certo era para ser “primeira filosofia”, como Aristóteles a chamava. Mas, quando o filósofo Andrônico de Rhodes foi organizar os livros de Aristóteles na biblioteca de Alexandria, simplesmente colocou esses volumes à direita da “física” aristotélica e escreveu: “os livros que vêm depois da física”. Os romanos entenderam tudo errado: achavam que a tal “metafísica” era o estudo das coisas “além do mundo físico” – em outras palavras, coisas inventadas, como os deuses. Na verdade, é a metafísica que faz as perguntinhas mais amplas, tipo “quem somos, de onde viemos?”

Niilismo

É negar a realidade, dizer não ao mundo real em prol da imaginação de um mundo perfeito, de um ideal transcendente, do “nada” – que em latim é nihil. Os niilistas proliferaram no século 19, com as grandes ideo­logias políticas, e seu maior inimigo foi Friedrich Nietzsche . Pense com ele: depois da modernidade, quando deixamos de explicar o mundo por atos de Deus, tivemos de arranjar outros ídolos, outros ideais sublimes para dar à vida uma sensação de eternidade. Em vez do paraíso da Bíblia, o novo ideal virou o nacionalismo, o cientificismo (pensar que a ciência resolveria todos os problemas do homem) ou o comunismo. Nietzsche chega a tratar o comunismo como uma religião, com apenas uma diferença do cristianismo: atribuir nossos problemas aos outros ou a nós mesmos – “a primeira coisa faz o socialista, a segunda o cristão”, afirma ele em Crepúsculo dos Ídolos. Niilismo também significa achar que nada tem valor – que não há motivos para respeitar tradições, leis ou princípios morais. É a perigosa idéia de que “se Deus não existe, então não há crime, não há pecado; tudo é permitido”, como diz um personagem do livro Os Irmãos Karamazov, de Dostoiévski, outro grande crítico do niilismo.

Platonismo

Ver o mundo em duas partes. Platão (427-347 a.C.) dividia o mundo em dois: para ele, antes das coisas reais, do mundo real em que vivemos, existem as idéias das coisas, que são eternas e vivem no “mundo das idéias”. Esse mundo das idéias seria o único de fato verdadeiro; e este aqui, em que vivemos, seria uma sombra, uma ilusão. Platão também acreditava na imortalidade da alma, que, de vez em quando, era aprisionada em corpos humanos. O platonismo lembra muito uma religião, não? Pois é exatamente a visão de mundo de Platão que o judaísmo, o cristianismo e o islamismo se apropriaram. Séculos depois de Platão, suas idéias se misturaram com crenças judaicas, que deram ao mundo das idéias uma cara, uma forma de pessoa: Deus.

Pós-Modernidade

Sabe alguém que não gosta de usar celular, toma remédio de homeopatia e, nas férias, percorreu a pé o Caminho de Santiago? Pois eis aí um belo pós-moderno. Na teoria, o pós-modernismo é uma recusa à modernidade, uma desconfiança dos valores do iluminismo. Na prática, ele aparece em toda parte, principalmente como uma recusa às grandes correntes . Em vez das grandes religiões tradicionais, doutrinas orientais como o budismo. Na moda, é aquela camiseta única, cuja estampa você mesmo inventou. Na arquitetura: em vez dos prediões de linhas retas e funcionais do começo do século 20, linhas curvas. E até no turismo: em vez do pacotão da CVC, uma experiência única, como fazer o Caminho de Santiago ou percorrer a França de bicicleta .

Transcendência

Contrário da imanência, é a idéia de que Deus é algo separado do mundo (ou seja, “transcende” a ele) e que o mundo segue por sua própria conta as regras criadas por Ele. Depois dos livros de Kant, transcendência passou a significar também pensar não nas coisas em si, mas na relação entre as coisas como elas são vistas e o que existe de fato. Ou seja, “transcender” o senso comum não filosófico, atingir a verdade por trás das coisas.

Verdade

O objetivo final da filosofia – apesar de que, para alguns filósofos, acreditar na verdade é cair num grande mal-entendido. Ou não.

Fonte: https://super.abril.com.br/cultura/pequena-enciclopedia-super-de-filosofia/

segunda-feira, 12 de março de 2018

Ética e moral: qual é a diferença?

Conceitos de Ética e Moral com base em filósofos


Distinção entre Ética e Moral

Os conceitos de moral e ética, embora sejam diferentes, são com freqüência usados como sinônimos. Aliás, a etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, moris, que significa “maneira de se comportar regulada pelo uso”, daí “costume”, e de moralis, morale, adjetivo usado para indicar o que é “relativo aos costumes”. Já ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de “costume”.

Segundo Adolfo Sánchez Vásquez, tanto ethos como mos indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito”.

Lembrando a afirmação de filósofos como Aristóteles, para o qual o homem é um animal por natureza social, político, e Thomas Morus, que afirmava que “nenhum homem é uma ilha”, podemos afirmar que a moral tem um papel social, afinal, é o conjunto de regras que determinam como deve ser o comportamento dos indivíduos em grupo, mas, ademais, é preciso ressaltar que ela também está relacionada com a livre e consciente aceitação das normas. Dessa forma, o homem ocupa um papel ambíguo, de herdeiro e criador de cultura, só conseguindo ter uma vida autenticamente moral quando, a partir da moral herdada, é capaz de propor uma moral forjada em suas experiências de vida.

Já a ética é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida e, ao longo da história, filósofos foram responsáveis por diversas concepções de vida moral, como veremos a seguir.

A concepção de ética e moral ao longo do tempo

No período clássico da filosofia grega, os sofistas rejeitam a tradição mítica ao considerar que os princípios morais resultam de convenções humanas. Embora na mesma linha de oposição aos fundamentos religiosos, Sócrates se contrapõe aos sofistas ao buscar aqueles princípios não nas convenções, mas na natureza, o que se apreende em inúmeros diálogos de Platão, nos quais são descritas as discussões socráticas a respeito das virtudes e da natureza do bem. Resulta daí a convicção de que a virtude se identifica com a sabedoria e o vício com a ignorância: portanto, a virtude não pode ser aprendida.

Platão, como Sócrates, combate o relativismo moral dos sofistas. Sócrates estava convencido que os conceitos morais se podiam estabelecer racionalmente mediante definições rigorosas. Estas definições seriam depois assumidas como valores morais de validade universal. Platão atribui a estes conceitos ético-políticos o estatuto de Idéias (Justiça, Bondade, Bem, Beleza etc.), pressupondo que os mesmos são eternos e estão inscritos na alma de todos os homens. Para Platão a Justiça consiste no perfeito ordenamento das três almas e das respectivas virtudes que lhe são próprias, guiadas sempre pela razão. A felicidade, portanto, consiste neste equilíbrio.

Herdeiro do pensamento de Platão, Aristóteles aprofunda a discussão a respeito das questões éticas, mas, para ele, o homem busca a felicidade, que consiste na vida teórica e contemplativa cuja plena realização coincide com o desenvolvimento da racionalidade.

O que há de comum no pensamento dos filósofos gregos é a concepção de que a virtude resulta do trabalho reflexivo, da sabedoria, do controle racional dos desejos e paixões.

Além disso, o sujeito moral não pode ser compreendido ainda, como nos tempos atuais, na sua completa individualidade. Os homens gregos são antes de tudo cidadãos, membros integrantes de uma comunidade, de modo que a Ética se acha intrinsecamente ligada à política.

Durante a Idade Média, a visão teocêntrica do mundo fez com que os valores religiosos impregnassem as concepções éticas, de modo que os critérios de bem e de mal se achavam vinculados à fé e dependiam da esperança de vida após a morte.

Na perspectiva religiosa, os valores são considerados transcendentes, porque resultam de doação divina, o que determina a identificação do homem moral com o homem temente a Deus.

No entanto, a partir da Idade Moderna, culminando no movimento do Iluminismo, no século, XVIII, a moral se torna laica, ou seja, ser moral e ser religioso não são pólos inseparáveis, sendo possível um homem ateu ser moral, afinal, o fundamento dos valores não está em Deus, mas no próprio homem.

O Iluminismo exalta a capacidade humana de conhecer e agir à luz da razão. No lugar de explicações religiosas, fornece três tipos de justificação para a norma moral: ela se funda na lei natural (teses jusnaturalistas), no interesse (teses empiristas, que explicam a ação humana como busca do prazer e evitação da dor) e na própria razão (tese Kantiana).

A máxima expressão do pensamento iluminista se encontra em Kant, o qual, analisando os princípios da consciência moral, conclui que a vontade humana é verdadeiramente moral quando regida por imperativos categóricos, que são assim chamados por serem incondicionados, absolutos, voltados para a realização da ação tendo em vista o dever.

Nesse sentido, Kant rejeita as concepções que predominam até então, quer seja da filosofia grega, quer seja da cristã, e que norteiam a ação moral a partir de condicionantes como a felicidade ou o interesse. Para Kant, o agir moralmente se funda exclusivamente na razão. A lei moral que a razão descobre é universal, pois não se trata de descoberta subjetiva (mas do homem enquanto ser racional), e é necessária, pois é ela que preserva a dignidade dos homens, o que pode ser sintetizado na seguinte afirmação: “Age de tal modo que a máxima de tua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta”.

No século XIX, as relações entre capitalistas e proletariados atingiram níveis agudos de antagonismo, fazendo surgir os movimentos de massa e a tentativa de teorização desses fenômenos. Deriva daí a preocupação empírica em examinar a situação concreta vivida pelos homens nas suas relações sociais. Para Marx, “o modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral”. Isso significa que as expressões da consciência humana – inclusive a moral – são o reflexo das relações que os homens estabelecem na sociedade para produzirem sua existência, e, portanto, mudam conforme mudam os meios de produção.

Ainda no século XIX, Nietzsche faz a análise histórica da moral, critica Sócrates por ter encaminhado pela primeira vez a reflexão moral em direção ao controle racional das paixões, pois, segundo Nietzsche, “nasce aí o homem desconfiado de seus instintos”, e denuncia a incompatibilidade entre a moral e a vida, afinal, para ele, o homem sob o domínio da moral se enfraquece, tornando-se doentio e culpado.

Ao criticar a moral tradicional, Nietzsche preconiza a “transvaloração de todos os valores”. Denuncia a falsa moral, “decadente”, “de rebanho”, “de escravos”, cujos valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amor ao próximo. Contrapõe a ela a moral “de senhores”, uma moral positiva que visa à conservação da vida e dos seus instintos fundamentais.

Também do século XIX, Sartre afirma que:


“O conteúdo [da moral] é sempre concreto e, por conseguinte, imprevisível; há sempre invenção. A única coisa que conta é saber se a invenção que se faz, se faz em nome da liberdade”. A decorrência desse pensamento é a dificuldade em estabelecer os critérios para a fundamentação da moral. Sartre prometeu e não conseguiu cumprir a elaboração de uma ética que não sucumbisse ao individualismo e relativismo já que, segundo ele, “cada homem é responsável por toda humanidade”.

No mundo contemporâneo, a situação da moral e da ética, em síntese, nos lança diante de um impasse: de um lado prevalece a ordem subjetiva das vivências e emoções, a anarquia dos princípios ou a simples ausência deles; de outro lado, a razão dominadora, instrumento de repressão, como nos denuncia Marx e Nietzsche, entre outros.
Conclusão

Dessa forma, conclui-se que, apesar de serem etimologicamente semelhantes, a moral e a ética são distintas, tendo a moral um caráter prático imediato e restrito, visto que corresponde a um conjunto de normas que regem a vida do indivíduo e, conseqüentemente, da sociedade, apontando o que é bom e o que é mal, influenciando os juízos de valores e as opiniões. Em contrapartida, a ética caracteriza-se como uma reflexão filosófica de caráter universalista sobre a moral, a fim de analisar os princípios, as causas, mas, também as conseqüências das ações dos indivíduos para a sociedade.
Bibliografia

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 3ª ed. [Trad. Mário da Gama Cury.] Brasília: Universidade de Brasília, 1992.

KORTE, Gustavo.Iniciação à Ética. São Paulo: Juarez Oliveira, 1999.

Fonte: https://karenelisabethgoes.jusbrasil.com.br/artigos/145251612/conceitos-de-etica-e-moral-com-base-filosofica

Diálogo de Sócrates com Glauco (A República, de Platão)


Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.

Glauco: Entendo

Sócrates: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material. Provavelmente, entre os carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam.

Glauco: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!

Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?

Glauco: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?

Sócrates: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?

Glauco: É claro.

Sócrates: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que vêem, pensariam nomear seres reais?

Glauco: Evidentemente.

Sócrates: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?

Glauco: Sim, por Zeus.

Sócrates: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.

Glauco: Não poderia ser de outra forma.

Sócrates: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras anteriormente. Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.

Sócrates: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?

Glauco: Sem dúvida alguma.

Sócrates: E se o tirarem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros.

Glauco: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.

Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidas na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol.

Glauco: Sem dúvida.

Sócrates: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.

Glauco: Certamente.

Sócrates: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.

Glauco: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.

Sócrates: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e teria pena deles?

Glauco: Claro que sim.

Sócrates: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes, como o herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?

Glauco: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.

Sócrates: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol?

Glauco: Naturalmente.

Sócrates: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?

Glauco: Sem dúvida alguma, eles o matariam.

Sócrates: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.

Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.

Alegoria da Caverna de Platão (versão Maurício de Sousa)

quinta-feira, 8 de março de 2018

Vistos História e Filosofia

Oi gente!

Abaixo seguem as planilhas para vocês consultarem os lançamentos dos vistos das atividades. Qualquer dúvida, se estiver faltando algum visto, por favor me enviar um email (claudio.brandao@ifmg.edu.br).

ADM 1

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vRGDg0U33Rvb0QcWlBdm2GgsbBhSFzCbwZthltgDF6yEBd0Mgb4kC7PYsLnqAScqtSLdbIrHQcyKcGm/pubhtml

Filosofia -  https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vQMhlZtMUHpNuRCmI47aixYBX6OoKKRmcITHsq8PfBX6IqosJBAOuxlFOhvNm8XwLfovp-3ZyAD6vOW/pubhtml

ADM 2

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vSy29t2EObLGkY6-MQETqT937merxccKOv7YhgJfsYyE2VP8T4KBD3Bml-1iqNqow2vaMVy9HWr6MlN/pubhtml
Filosofia -  https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vQuPQHqopEcR6QvW0VFZ0fZM0HV3-izsim34i-1p8Cm6l34d2aP9CG_EBlUyl8vR8BWN3GgcZGMnIdN/pubhtml

ELETRO 1A

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vTK6hK2E6Y0pJNZjQFWddAscaqXE2Bf2dZzz-MadUULtmJ65xIraUr5Yhb54ZySWNoZsG5zXHJnYgdJ/pubhtml
Filosofia - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vRVmaOzuDYe81iSngSbUqLAk37GExbFfuHEts3G3xpEkuM69w4HF6_3X3Ghj83IwmTPzVCWQy0j2vRp/pubhtml

ELETRO 1B

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vQkC-buMEeOw9joGK3UX7pnc8UEdtqf0ok6UpP9u9J_OeZyZ4d1KGdWx7Pg20ItFw_1rhC0lB5YYcog/pubhtml
Filosofia - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vT0Nl4INynJuok8ko-00GUicqSKasWHo7e85kpu9SZ_kxLf6b5AAET6c3Sj5k9QEy47nBIJg9RvAOKk/pubhtml

ELETRO 2

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vQoIl6lgz_KZtzZf96n0FX8Yqj4b1lU76CJfKOvwS_ozixY1_gg8mNS1Wwy6EaVvw64lOGUV--RGBL7/pubhtml
Filosofia -https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vSW5i1VC61_19Lrwqq_UbAk9CVrystwDeWGbt3xYYSN0RQ9PemfUzxCNu1_9nAMElcnXzvLlMVe6aBC/pubhtml

INFO 1

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vTPBL0XZWeqk2zoxMIe0Ad1GP4RTtOTHZNtRrNlfcozaMZVLo40WL5ZZ79eI56Cf_cRKazp-L2JO2WT/pubhtml
Filosofia -https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vQf2eoM2T_VLAG1-rhRB9DxoRfZH8rZ5KC-IiPAGmhDEf9sSaN8OslYFx78MMwWy4jD0b0yywuFUyRh/pubhtml

INFO 2

História - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vTYqIt5zUqe9HII07nKOo1YTyazwM__zq2GqIlCyBF5ADqjR38B8ZzlYgdmOiUA6CoWFSKTW0QWXl57/pubhtml
Filosofia - https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vTeh3GaXKiP45IXx1KTB-sqJzWeJVzcKUM0Ck6A2iKZLGcR-U8tEly7X8GNmRZHf132V04KBB4YlWxt/pubhtml

segunda-feira, 5 de março de 2018

O que é Filosofia? Mario Sergio Cortella



Tom Zé - Tô




Tô bem de baixo, pra poder subir
Tô bem de cima pra poder cair
Tô dividindo pra poder sobrar
Desperdiçando pra poder faltar
Devagarinho pra poder caber
Bem de leve pra não perdoar
Tô estudando pra saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando pra te confundir,
Eu tô te confundindo pra te esclarecer,
Tô iluminado pra poder cegar,
Tô ficando cego pra poder guiar.

Suavemente pra poder rasgar
Com o olho fechado pra te ver melhor
Com alegria pra poder chorar
Desesperado pra ter paciência
Carinhoso pra poder ferir
Lentamente pra não atrasar
Atrás da vida pra poder morrer
Eu to me despedindo pra poder voltar

Eu tô te explicando pra te confundir,
Eu tô te confundindo pra te esclarecer,
Tô iluminado pra poder cegar,
Tô ficando cego pra poder guiar.

Atividade: Noam Chomsky e Capitão Fantástico


Como poderíamos descrever o filme “Capitão Fantástico” como sendo uma expressão das ideias políticas de Noam Chomsky? Em outras palavras, como poderíamos descrever as ideias políticas de Noam Chomsky por meio do modo de vida da família retratada pelo filme?

Para responder essa questão, pesquise sobre anarquismo, desobediência civil e a diferença entre moral e ética.